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CNE muda regra para dar título de universidade

Novas Regras para Status de Universidade – CNE

Em 2016, denominação só valerá para quem tiver 4 mestrados e 2 doutorados.

Em outubro do ano passado, o CNE (Conselho Nacional de Educação) publicou uma resolução que altera regras para uma instituição obter o título de universidade.
A partir de 2016, só as que oferecerem no mínimo quatro cursos de mestrado e dois de doutorado poderão ter essa denominação.

“A decisão tem o objetivo de qualificá-las. O que as valoriza é a pesquisa e a pós”, afirma Jorge Guimarães, presidente da Capes. A medida afeta 144 instituições de ensino superior -58 federais e 86 privadas-, pois 52% delas não estão adequadas a essa exigência, segundo levantamento feito pela Folha. Universidades estaduais e municipais não precisam atender a essa resolução do CNE.

As que hoje usam o título de universidade terão de criar, no mínimo, 126 programas de mestrado e 119 de doutorado para poderem se recredenciar. “Terão de pesar se vale a pena o investimento para manterem ou obterem o nível de universidade”, afirma Gabriel Mario Rodrigues, presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior).

PLANOS PARA 2013

A resolução prevê que em 2013 as universidades tenham ao menos três mestrados e um doutorado. Isso pode abrir oportunidades para mestres e doutores, pois, segundo a resolução, universidades deverão ter ao menos um terço de professores com mestrado ou doutorado e um terço em regime de dedicação exclusiva.

Para a Capes, a estratégia que deve ser usada pelas instituições a fim de atingir a meta é a de abrir dois mestrados profissionais -menos exigentes- e dois outros programas acadêmicos, com mestrado e doutorado. Espera-se também impacto na graduação. Instituições que unem ensino e pesquisa obtêm melhores resultados na formação de alunos – entre outros motivos, pela estrutura da pós. “O acesso ao portal de periódicos da Capes aumenta a qualidade da graduação, pois os alunos podem pesquisar artigos com o que existe de melhor na ciência”, argumenta Carlos Henrique Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.

Fonte: Folha de São Paulo

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