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Jovens ganham até R$ 40 mil mensais

O jovem executivo de finanças é do sexo masculino, concluiu de pós-graduação ou MBA, não tem dificuldade em encontrar oportunidades de trabalho, ganha entre R$ 100 mil e R$ 500 mil por ano e se vê dividido ao ter que dar prioridade entre família e carreira, deixando qualidade de vida em último lugar. Esse perfil pode ser constatado na pesquisa Revelação em Finanças com 350 profissionais de até 35 anos que fazem parte do quadro associativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef SP).

Realizado em parceira com a empresa de auditoria e consultoria KPMG, o estudo revelou que a busca por especialização é reflexo de uma maior valorização dos profissionais dentro das companhias. Segundo o presidente do conselho de administração do Ibef SP, Walter Machado de Barros, os talentos da área estão migrando para posições estratégicas e sendo cada vez mais exigidos. Desse modo, é preciso ter planejamento, saber lidar com grandes responsabilidades e tomar decisões. “Na última década, temos visto muitos profissionais de finanças assumirem até mesmo a presidência de grandes empresas, cargo que tradicionalmente era reservado a engenheiros e advogados” , afirma.

O bom momento da economia, que resulta em expansão dos negócios e abertura de capital de boa parte das companhias, contribui para o aumento da procura dos talentos em finanças. Somando isso ao melhor preparo dos jovens, quando comparados com as gerações anteriores, temos uma rápida escalada na hierarquia corporativa. Tanto que a maioria dos pesquisados já possui cargo de gerente ou diretor na área e 70% ganham, no mínimo, R$ 8 mil mensais.

“As melhores empresas adotam um sistema de remuneração baseado na meritocracia e com uma forte política de bônus – com um fixo razoável e a parte variável bastante agressiva”, afirma Machado de Barros. Para se ter uma ideia, 15% dos pesquisados afirmaram ter salário mensal acima de R$ 40 mil.

Isso explica, em parte, o detrimento da qualidade de vida em relação à carreira. “Esses executivos sentem que precisam se dedicar ao máximo enquanto são jovens e têm energia para isso. É uma carreira acelerada, com promoções em um curto espaço de tempo e uma remuneração alta. Eles querem aproveitar isso”, ressalta o presidente do conselho de administração do Ibef SP.

Com um forte conhecimento acadêmico, os jovens profissionais de finanças valorizam habilidades como competência e planejamento. Tributação, controladoria, gestão de crédito e o mercado de capitais são os temas de maior interesse desse público. Por outro lado, julgam que inovação e criatividade não são importantes para o bom desempenho de suas funções, o que Machado de Barros considera um ponto a ser corrigido. “Por enquanto, é normal que eles se apeguem mais ao lado técnico. Quanto mais alto o cargo, porém, maior será a vantagem competitiva de um profissional inovador”, diz.

Fonte: Valor Econômico

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