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Babybomers e Echobomers ?

Babybomers e Echobomers

Agregar valor ao homem, que conquista com o próprio esforço segurança e patrimônio. Sob essa perspectiva, os jovens da nascidos nas décadas de 50 e 60 (a geração B), enxergavam o papel do trabalho. O fim da Segunda Guerra Mundial colocou a estabilidade como valor mais precioso para aqueles que foram fruto da explosão demográfica (baby boom) ocorrida em países como os Estados Unidos. O paradigma dessa juventude, num mercado de trabalho marcado pela forte industrialização, era “como transformar matéria-prima em produto?”.
“Isso se refletiu diretamente no perfil de liderança. O universo empresarial, ainda predominantemente masculino, originou chefes autocráticos, ou seja, que reuniam em torno de si todas as decisões”, explica Henrique Pistilli, consultor do Instituto EcoSocial.

Na década de 70, que originou a chamada geração X, o modelo industrial começa a mudar. O impulso das empresas passou a ser o de otimizar os processos para aumentar a produtividade. “O peso do nível hierárquico na escala de gestão começa a diminuir diante da valorização do conhecimento técnico . As empresas começam a encolher num movimento que os americanos chamam de downsizing. Há uma necessidade de reduzir os custos e a as empresas passam por um processo de reengenharia”, explica.

A geração Y, nascida na década de 80, hoje tem presença forte no mercado. Ela busca qualidade de vida, equilibrar trabalho, família, saúde, estudos, lazer. “São aqueles jovens que olham para os pais e veem que eles trabalharam muito, fizeram esforços sobre-humanos”.

Os jovens dessa geração estavam em processo de formação de personalidade quando houve a explosão da internet e da telefonia móvel, na primeira metade da década de 90. Eles dominam a tecnologia, a distribuição de informações, se comunicam bem e têm consciência de como liderar e motivar equipes. “O paradigma aqui é: como integrar pessoas aos processos, gerando maturidade e autonomia de decisão”.

A recém-nascida geração Z (década de 90), que está começando agora a chegar no mercado do trabalho, se parece em muitos pontos com a geração Y. Mas traz com mais força o valor da sustentabilidade para as organizações, se perguntando sempre “qual a contribuição e impacto da minha empresa no mundo?”. Os echobomers, como também são conhecidos os jovens da geração Z, tem consciência do parceiro, sócio, associado. Mas por dominarem como ninguém as novas tecnologias, habilidade cada vez mais valorizada no mercado, carregam a fama de serem prepotentes. “Para esta geração, o mundo é muito menor e mais acessível do que para as outras”, conclui Pistilli.

Fonte: Jornal do Commercio – PE

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